CO2 emitido por dia pelo vulcão islandês VERSUS gerado pelos aviões comerciais
Estes últimos dias foram marcados fortemente pelo vulcão Eyjafjallajökull, um nome que certamente a maioria custa a soletrar e que quase todos o desconheciam, mas que provocou uma paralisação sem precedentes na aviação em toda a Europa, que levou algumas companhias aéreas a perder mais de 140 milhões de €uros por dia, e a uma crise na aviação idêntica à que aconteceu no 11 de Setembro. Neste momento a situação está a normalizar, contudo a ameaça teme em permanecer.
Agora se falarmos em poluição, será que o vulcão é mais poluente que a industria de aviação Europeia? A resposta é não, ora veja…
É claro que, uma erupção vulcânica, a expelir quantidades enormes de cinzas e outras matérias para a atmosfera pode parecer extremamente poluente, mas comparando com a indústria de aviação comercial, não o é.
Segundo o instituto vulcanólogo nórdico da Universidade da Islândia, o vulcão Eyjafjallajökull está a expelir cerca de 150 mil toneladas de CO2 por dia (valor estimado), o que é pouco em comparação com o que a indústria de aviação comercial Europeia gera por dia, que é cerca de 344.109 toneladas de CO2, isto em condições normais. O cancelamento de cerca de 60% dos voos na Europa levou a que não fossem emitidos cerca de 206.465 toneladas de CO2 num só dia.
Contudo com esta paralisação o CO2 que não foi emitido pelos aviões, foi em certa parte compensado pelos transportes alternativos que foram reforçados, o caso de autocarros, carros, etc.
Pode não ser um tema que se encaixe nos que por norma debatemos no KeroDicas, mas não deixa de ser realmente interessante.
Emissões globais de CO2 vão subir 43% até 2035, diz EUA
As emissões mundiais de dióxido de carbono (CO2) resultantes da queima de carvão, petróleo e gás natural devem subir 43% até 2035, disse o principal órgão dos EUA que faz previsões sobre consumo de energia, a não ser que sejam selados acordos globais para reduzir a emissão dos gases responsáveis pelo aquecimento do planeta.
As emissões globais de CO2 de fontes combustíveis fósseis devem subir de 29,7 bilhões de toneladas em 2007 para 42,4 bilhões de toneladas em 2035, disse a Administração de Informações sobre Energia (EIA, na sigla em inglês) em seu relatório anual sobre as perspectivas energéticas de longo prazo.
Boa parte desse aumento vai ocorrer em países em processo acelerado de desenvolvimento, como China e Índia, onde se prevê que a demanda por eletricidade suba vertiginosamente. "Com crescimento econômico forte e forte dependência contínua de combustíveis fósseis previstos para a maioria dás economias não integrantes da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), dentro das políticas vigentes, boa parte do aumento projetado das emissões de dióxido de carbono ocorre entre esses países em desenvolvimento", diz o relatório da EIA.
Carvão - Na ausência de políticas nacionais para emissões e de acordos internacionais com força de lei para combater as mudanças climáticas, o consumo global de carvão está previsto para subir de 132 quatrilhões de unidades térmicas britânicas (BTUs) em 2007 para 206 quatrilhões de BTUs em 2035, disse a EIA.
Os países ricos e os países em desenvolvimento vêm encontrando dificuldade em acordar um pacto que reduza as emissões de gases estufa o suficiente para prevenir as estiagens, ondas de calor e enchentes previstas para ocorrer em função do aquecimento global.
A lei ambiental americana, que se encontra paralisada e que, se for aprovada, poderá ajudar a unir os países, enfrenta futuro incerto, já que tem a oposição de parlamentares de Estados produtores de carvão e petróleo. O país é o segundo maior emissor de gases-estufa no mundo, atrás apenas da China.
(Com agência Reuters)