O QUE É REDD
O REDD - Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal - é um medidor de responsabilidade ambiental, criado a partir das discussões internacionais sobre Mudanças Climáticas, nível de Emissões de Carbono na atmosfera por desmatamento e consequente aumento do efeito estufa (diminuição da floresta, queimadas, etc.) e Degradação Florestal (destruição da mata nativa, extração irregular e, queimadas, alterações nos leitos dos rios e no entorno - assoreamento -, etc.
Este mecanismo foi criado para que os órgãos internacionais possam remunerar os responsáveis por manter a floresta em pé, sem desmatamento/corte.
Após uma série de discussões, havidas em várias Conferências, a decisão tomada é de que os recursos financeiros recebidos pelas nações terão como tesoureiro e administrador o Banco Mundial, até 2013. Assim, o Banco Mundial e mais um conselho de 24 membros, oriundos de vários países (desenvolvidos e em desenvolvimento) vão decidir a quem serão repassados os valores arrecadados, o Fundo Verde.
A COP-16 acordou, também, que o REDD - Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal - será um índice obtido pela área/país em si, sem considerar o Mercado de Carbono (onde os países mais ricos podiam "ganhar pontos" por ajudar financeiramente áreas mais vulneráveis, em diferentes países.
Os recursos repassados pelo Fundo Verde serão enviados aos governos dos países, que administrarão obras, instituições, programas sociais, etc. Antes da realização desta 16ª Conferência (COP-16), ainda não havia uma definição sobre quem receberia o dinheiro repassado - as populações que vivem na floresta, os donos da terra ou o governo do país. Optaram por este último.
Que os mecanismos de controle sejam os mais idôneos possíveis. Pelos históricos que temos, até agora, essa idoneidade foi bem difícil de ser constatada.
ORIGEM DO REDD
O REDD - Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação Florestal surgiu em 2007, em Bali, por ocasião da COP-13 e constou da Carta do Caminho de Bali, prevendo a criação de políticas e incentivos positivos a questões referentes relacionadas com
- a redução de emissões provenientes do desflorestamento e da
- a redução de emissões provenientes da degradação florestal nos países em desenvolvimento
- o papel da conservação da floresta em pé
- o manejo sustentável das florestas e
- o aumento dos estoques de carbono das florestas nos países em desenvolvimento (reflorestamento).
CATEGORIAS DE REDD
Existem 3 "tipos" de REDD - Reduções (no nível) de Emissões (tóxicas advindas) por Desmatamento e Degradação Florestal.
Assim, temos o REDD, o REDD+ e REDD++
REDD: Elemento de valorização da floresta correspondente à redução de emissões provenientes do desflorestamento e da degradação florestal nos países em desenvolvimento.
Ou seja, diminuir o desmatamento, reduzindo o corte em percentuais anunciados (o Brasil comprometeu-se em torno de 38%).
REDD+: É o REDD, mais o papel da conservação, do manejo sustentável das florestas e do aumento dos estoques de carbono das florestas em países em desenvolvimento.
Ou seja, diminuir o desmatamento, reduzir o corte, conservar o que existe, uso apropriado da terra e florestas, além de aumentar os estoques de carbono (reflorestar, aumentar as áreas de floresta).
É o que foi acordado na COP-16, em Cancun.
REDD++: É o REDD+, mais a agricultura, incluindo a garantia de melhores práticas com vistas ao não desmatamento.
Ou seja:
- Diminuir o desmatamento
- Reduzir o corte
- Conservar o que existe
- Garantir o manejo sustentável (rios, beiras de rios, prevenir a erosão, permitir que as árvores alcancem sua idade madura), e...
...Incluir o compromisso em adotar uma atitude responsável em relação à agricultura:
- Quais os melhores produtos a serem plantados em determinadas áreas (tipo de solo, clima, etc.)
- Diminuição (extinção) do uso de agrotóxicos
- Extinção das queimadas
- Meios de irrigação responsáveis, etc.
Criou-se um Fundo Verde e o REDD+ (Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação).
O Fundo Verde - Objetiva uma ajuda monetária para os países em desenvolvimento. Administra o envio de dinheiro pelos países ricos aos mais desprovidos.
Até o momento, 100 bilhões de dólares devem ser enviados até 2020, além de uma ajuda imediata de 30 bilhões de dólares. Quem já se comprometeu foi a União Européia, o Japão e os Estados Unidos.
O Banco Mundial foi convidado a servir como tesoureiro interino do Fundo Verde Climático por três anos e criou-se um conselho de 24 membros para dirigir o Fundo. Este conselho concede igualdade representativa aos países desenvolvidos e em desenvolvimento, juntamente com representantes dos pequenos Estados insulares, mais ameaçados pelo aquecimento. Isso é legal! Uma atitude de ouvir também os "mais pequenos".
Também, criou-se o Centro de Tecnologia Climática e uma Rede para repassar o conhecimento tecnológico aos países em desenvolvimento, ajudando a estes a limitar as emissões e se adaptar aos impactos das alterações climáticas.